terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Colégio

 Curiosos? Hehe! 
Ainda fazendo as provas de recuperação da 8ª série, fiz teste para entrar em outros dois colégios. Num deles, era uma salinha pequena, individual, e na outra, uma sala grande, cm muitos alunos, que hoje eu paro pra pensar e comparo com um vestibular, mas na época eu nem imaginava isso. Fiquei na expectativa para qual dos colégios eu iria, e já me apavorava a ideia de não conhecer ninguém e imaginar em como faria pra arrumar algum amigo, tímida como sempre fui.

Um pouco antes do início das aulas, meus pais vieram conversar comigo e tinha, decidido não me mudar de escola, fiquei muito feliz! Queria ligar pras minhas amigas pra contar a grande novidade, mas resolvi fazer surpresa. Um outro grande passo, era estudar de manhã, já que sempre havia estudado à tarde. Na véspera do primeiro dia de aula, fui dormir mais cedo, pois não sabia como seria acordar tão cedo pra estudar, mas deu tudo certo. O reencontro foi muito bom, assim como a surpresa! 

Praticamente todos comtinuaram na escola, mas tinha a turma da manhã que eu não conhecia e tinham muitos alunos novos. E eu conheci uma dessas alunas novas, a Thaís. Ela não era da minha sala, mas a conheci através de outras pessoas e gostei dela, nos intervalos das aulas, andávamos sempre juntas. Ela só falava em emagrecer, que estava gorda, mas era bem magra. Eu nunca estranhei, afinal, qual menina não falava em emagrecer? Até que começou a ficar muito chato, eu tentava cortar o assunto mas ela voltava, e então ela contou que sofria de anorexia. E nunca tinha ouvido falar naquilo antes, ela quem me contou. Até que num determinado dia, ela começou a não ir mais pra escola e me disse que seria internada numa clínica pra se tratar e se recuperar. Quando ela começou a poder receber visitas fora a família, eu ia com a mãe dela e o motorista. Era boa a sensação de estar ajudando à minha maneira, indo lá conversar, ver onde ela estava. E quando não dava pra eu ir, eu mandava cartas pela mãe dela, e ela mandava pra mim. Tenho tudo guardado até hoje! 

Lá conheci um rapaz mestiço que tinha mania de lavar as mãos, o Junior. Ele ficou lá pouco tempo, mas o suficiente pra eu me apaixonar... E crer que ele por mim tambem, já que a mãe da Thaís me dizia que ele vivia perguntando de mim. Quando a Thaís começou a poder dormir em casa aos finais de semana, marcamos um cinema numa sexta feira, com os pais dela e ele, mas nada aconteceu. Trocamos telefones e às vezes nos falávamos, até ele nos convidar para o aniversário dele, na casa dele. Minhas expectativas foram lá em cima, afinal, eu mal o conhecia e era convidada para uma festa na cada dele? E ainda sabendo que até a mãe dele estava louca pra me conhecer? Só podia dar certo! Mas veio a decepção: ele ficou com uma outra menina lá... 

O tempo passou, e eu ea Thaís acabamos nos desentendendo e nunca mais nos vimos. Ela voltou para a escola por pouco tempo e saiu novamente, mas não tive mais notícias. Hoje em dia, tenho ela no meu facebook, mas não nos falamos muito. Pelas fotos, ela ainda parece bem magra, mas espero de coração, que ela esteja bem e feliz!

Os 3 anos de colégio transcorreram bem. Tive várias paixõezinhas, mas nenhuma correspondida. Bom, só uma, mas acabou nunca "se consumando", e fiquei um bom tempo inconformada com isso, eu como eu tinha deixado a chance escapar de mim, mas se não aconteceu, deve ter tido algum motivo, né? Eu continuava a ser a aluna mediana, continuava ficando em recuperação, continuava sem ser uma pessoa popular nem muito menos, comunicativa com os outros. Tinha minha rodinha de amigos, e as vezes me perguntava por que eu não podia ser menos tímida e mais bonita, pra poder ter um pouco mais de "visão" na escola...

O momento de escolher a profissão não foi fácil, como contei antes, mas deu tudo certo e entrei na faculdade de psicologia, direto, sem cursinho. 

Mas esse assunto fica pro próximo post!

Beijos!




sábado, 26 de janeiro de 2013

Um pouco mais

Voltei pra falar mais um pouquinho de mim. Vamos lá?

Me lembrei de quando entrei na segunda série, anos 80. No primeiro dia de aula, os pais podiam ficar do lado de fora das salas de aula, vendo os filhos. Minha mãe não foi diferente e ficou, claro. Mas a minha sala tinha janelas enormes, e eu a via de dentro da sala, e comecei a chorar. O que eu não fiz quando entrei na escola com 4 anos (minha mãe me contou que eu falava pra ela ir embora, e ela querendo ficar, tadinha!), fui fazer com 7... Então a diretora, delicadamente, pediu pra ela se retirar para que eu pudesse me acalmar e ficar na escola. Acho que nos dias seguintes eu não chorei, pelo menos não me lembro. Como era a mesma escola que eu estava no pré, já conhecia a maioria das crianças, então não tive de me esforçar pra fazer amizades. 

Na primeira série, tive meu primeiro namoradinho, ele se chamava Juliano. Andávamos sempre juntos e sentávamos perto na classe, mas de repente, ele nunca mais conversou comigo, se afastou e no fim do ano, saiu da escola. Minha primeira decepção amorosa.

Eu tinha uma melhor amiga, a Amanda, desde o jardim. Ela era ruiva e tinha sardas, eu achava o máximo! Mas os amiguinhos a chamavam de Amanda Fedô, por causa das sardas. Eles falavam que ela não tomava banho e era sujeira, e eu tentava defendê-la, mas falavam que se eu andava com ela, tambem era fedô. Mas eu não ligava, sabia quem ela era, gostava dela e andávamos sempre juntas. Já daí, dá pra notar que eu nunca fui uma pessoa dita "popular" na escola. Mas nessa fase, isso não me afetava. 

Estudei no Quarup-Antares, até a 4ª série, e então mudei de escola. Entrei no Arbos, uma escola conceituada, cara e de riquinhos. Foi uma leva do Quarup pra lá, e todos nós, no começo, sofremos discriminação, por estarmos entrand naquele mundo de burguesinhos. Eu não tinha tênis Nike, Asics, New Balance, o que era o legal, não tinha roupas da Pakalolo ou Fórum, não tínhamos essa condição financeira, e os povinho de lá só reparava nisso. Eu tinha All Star, quem diria, na época um tênis barato e considerado porcaria, por ser de lona, e hoje uma febre! Ironias do destino... Mas passado esse susto inicial, tudo ficou bem. E então começaram as paquerinhas, mas nunca correspondidas. Nunca fui bonita, e tinha amigas muito bonitas, então claro que nunca tive nenhuma pretensão de ser correspondida, mas as vezes ouvia coisas que me davam vontade de ser surda... Magoavam... Até que me peguei apaixonada pelo nerd da classe, o típico cdf mesmo, com direito a óculos fundo de garrafa! A classe toda tentava nos aproximar, uma amiga da época era vizinha dele e chegou a falar de mim pra ele, mas ele se limitou a dizer que estava na escola pra estudar e não namorar. Então, paciência... Tive uma época de amizade com figuras populares da minha classe e que conheciam pessoas de outras séries (só tinha uma série superior à minha na época, a escola foi crescendo junto com os alunos), me sentia o maximo, mesmo sabendo que era o patinho feio da turma, mas eu era engraçada pelo menos, então já tava valendo.

Mas fiquei amiga mesmo, de duas meninas que já eram amigas de anos anteriores, mas que eu estava conhecendo naquela época, a Karine, mestiça como eu, e a Maíra, considerada a cdf feminina da turma. Elas também não eram das populares, e eu me identifiquei. Uma época, elas brigaram e ficaram sem se falar, mas continuei amiga de ambas. E como a Maíra era discriminada por ter um jeito mais infantil, eu por andar com ela, era deixada de lado tambem, como na infância. Mas eu me identificava com ela, oras bolas! 

Chegou a 8ª série e eu não estava indo bem na escola, como todos os anos, fiquei de recuperação e meus pais me disseram que iriam me mudar de escola, porque estavam pagando muito caro, pagando formatura sem ter certeza que eu passaria de ano...

Se querem saber como termina essa estória, não deixem de ler o próximo post, neste mesmo blog, neste mesmo local, hehe!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Um pouco de mim

Pra começar "oficialmente", aqui vai um resuminho de quem sou eu:

Nasci numa família de pessoas trabalhadoras, onde nada caiu do céu e que valoriza cada centavo, cada bom momento que acontece. Minha vinda foi um "pequeno acidente", pois resolvi dar o ar da graça quando meus pais não tinham nem completado 1 ano de casados, mas fui recebida com muito amor e carinho! Tive uma infância muito feliz, nunca tive luxo mas nunca me faltou nada. Quando pequena, era risonha e dada com todo mundo, mas com o tempo, fui ficando muito tímida... Me lembro uma vez, no chamado Jardim II (eu tinha 4 anos e tinha começado na escola naquele ano), a professora me pediu para ir a sala ao lado, pedir a outra professora, que emprestasse um giz. Pois bem, eu fui até a outra sala, fiquei um pouco na porta, entrei e fiquei olhando a professora fazendo as atividades com os alunos, e ali fiquei. Ela não me notou, deve ter pensado que eu era da turma e estava observando, já que não falei nada... Não sei quanto tempo se passou, mas a minha professora entrou e pediu ela mesma o tal do giz, e eu fiquei sem reação. Aprendi a ler sozinha, me interessava por letras desde pequena, pedia à minha mãe para me falar o que estava escrito em determinados lugares, até ela ter a ideia de comprar aquelas réguas com o alfabeto. Pronto, me realizei! Eu sempre dizia que ia ler para ela, especialmente gibis da Turma da Monica (que eu ainda adoro!), e num belo dia, ela notou que eu estava falando tudo muito certinho e então percebeu que eu estava lendo, sozinha, aos 5 anos de idade! No pré, fui eleita a secretária da professora, pois como já sabia ler e escrever, terminava as tarefas antes da sala toda, e queria ficar ajudando os coleguinhas (que mala, hahaha)

Exatas nunca foi o meu forte exatamente. Nunca conseguia entender as fórmulas, nos problemas qual delas usar, enfim... Eu sempre gostei de redação, sempre gostei de ler, mas alguns livros de literatura eram muito chatos, acho que pela linguagem que usavam, mas já que a leitura era obrigatória, eu me esforçava. Tá, confesso que alguns livros não li inteiros, lia por pedaços ou pegava resumos emprestados, rsrs... Nunca repeti de ano, mas a partir da 5a série, fiquei em recuperação em todos os anos =(

Com 14 anos, mais ou menos, comecei a ajudar meus pais no trabalho deles em casa, na nossa corretora de seguros. Quando entrei no colégio, o escritório saiu de casa para um prédio comercial, onde passei a trabalhar nas tardes em que não tinha aula. 

Ao chegar o 3o colegial, a famosa dúvida: o que eu quero ser quando crescer? Nunca tive uma convicção, daquelas que algumas crianças tem, e por isso minha dificuldade em me decidir. Meus pais queriam que eu fosse advogada, pois eu sempre lidei bem com as palavras, mas eu achava que advogado só trabalhava em tribunal, e a ideia de falar em público, me assombrava! Com meus amigos, fazia piadas, era engraçada e conselheira, mas também a que mais sofria por dentro (próximo capítulo), mas nunca queria me mostrar dessa forma. Cheguei a escrever uma estória com uma amiga de colégio, era a nossa vida no céu, mas acabamos nos afastando e nunca terminamos de escrever. Então minha mãe buscou uma psicóloga para eu fazer um teste vocacional, e tudo me apontava área de artes ou de humanas (claro, exatas eu sabia que JAMAIS seguiria!). Falei a ela sobre minha vontade de estudar propaganda e marketing, a famosa publicidade, e ela me disse que não me indicava, pois eu precisaria me esforçar muito nos estudos, algo que nunca fui muito dedicada. Plano B: psicologia. Ué, por que não, já que eu sempre fui a conselheira, a poderada dos amigos chegados? Ela não me disse que sim nem que não, então fui lá eu: primeira opção, publicidade, segunda, psicologia. 

Entrei na faculdade de psicologia em 1998, com 17 aninhos ainda, uma pirralha cheirando a leite e um pouco assustada com aquele universo, mas feliz por ter conseguido chegar ali, numa boa faculdade, sem precisar de cursinho. Nunca exerci a profissão, pois eu já trabalhava com meus pais na corretora e nunca quis sair de lá. Um pouco de comodismo, confesso, já que estava com emprego garantido, em família, e não precisaria me sujeitar a bater de porta em porta pra procurar trabalho como psicóloga. Só de pensar naquilo, me dava calafrios, pela minha timidez. Mas fui pegando gosto pela coisa e hoje sou corretora habilitada e sócia do meu pai na corretora, mas minoritária, pois ele é quem dita as regras!

Quem me conhece, sabe que não sei falar pouco, e escrevendo não seria diferente. Espero que tenham tido paciência de chegar ao fim deste texto enorme e aguardem o pedacinho de mim que vou contar amanhã! (ou hoje, devido ao horário hehe!)

Beijos!


domingo, 20 de janeiro de 2013

Retomando os trabalhos!

Oi, gente! 

Depois de quase um ano sem nenhuma postagem, por qualquer motivo que seja, resolvi voltar. Utilizar esta ferramenta a meu favor, afinal fiz o blog para que eu pudesse desabafar, extravasar e ter meus momentos de devaneio... E diferente da maioria das postagens, em que eu dedicava à minha segunda gravidez (agora meu bebê já tem 1 ano e 1 mês!), este blog não terá um tema específico. Ou aliás, o tema sou EU. Quero registrar aqui um pouco de mim, da minha vida, dos meus pensamentos, sentimentos, medos, coragens e afins. Teremos momentos bons, outros nem tanto e outros péssimos, mas sou um ser humano como outro qualquer, né?

Bom, muitos podem se perguntar o porque de eu ter resolvido voltar (como fiz outras vezes e não cumpri rsrs). Há algum tempo, vinha querendo procurar uma pessoa para falar de um certo assunto, que relatarei mais tarde, mas não a comhecia o suficiente para isso. Mas tomei coragem e resolvi procurá-la, e foi a melhor atitude que tomei. Ela tem um blog também, e ontem passei a tarde até a noitinha lendo, e vi que meus "problemas" são muito menores do que os dela, mas que existem ainda assim. Não conseguia parar de pensar no que li, no que eu já vivi, nos últimos acontecimentos da minha vida e decidi não ficar só pensando, como já sugere o nome deste blog, mas sim transcrever em palavras para que outros possam ler, tentar me entender sem me julgar e por que não, me ajudar! Com isso, tiro um pouco do peso que venho carregando sozinha e extravaso com palavras. Legal, não?

2013 chegou com tudo. E que seja um ano maravilhoso!